Como era de se esperar parece que eu não consigo manter um blog funcionando por muito tempo, sempre acabo deixando para lá e esquecendo. Mas eu estou mexendo meus pauzinhos aqui, arrumando umas parcerias para me ajudar a ir atualizando as coisas. Então quero preocupação, eu não vou largar tão fácil, ok? Até porque se eu largar a dona Ana Nogueira corta meus dedinhos fora.
Enfim, como todos que me conhecem devem saber, eu comecei no final da semana passada um curso de Produção Audiovisual na faculdade aqui perto de casa e achei que seria interessante compartilhar um pouco dessa experiência aqui.
Não sei se o que eu vou escrever vai servir de alguma coisa, mas é algo que eu gostaria muito que tivessem feito na época em que eu decidi que queria cursar essa área cinematográfica.
Antes de disparar curiosidades sobre o curso eu preciso primeiro tenho que explicar o que é Produção Audiovisual, não é mesmo?
Então, a produção audiovisual é um conjunto de técnicas que são utilizadas na criação e na produção de filmes, vídeos, programas de rádio e TV. O profissional dessa área tem como campo de atuação todos os meios de comunicação audiovisual e radiofônicos como produtoras de cinema, emissoras de rádio e TV, empresas que desenvolvem sites. Na parte de radio e na TV elabora a programação jornalística, esportiva, dirige e edita os programas, supervisiona a equipe de gravação e o trabalho dos produtores e várias outras coisas. Na área de cinema e vídeo, escreve roteiros, escolhe os atores, diretores de arte e técnicos. Faz o cronograma das filmagens e viabiliza a locação e os equipamentos que serão usados. Determina a iluminação e edita as cenas. Chega até a produzir programas para transição na internet e emissoras de TV por assinatura e por ai vai! É realmente uma área muito extensa e que vem crescendo cada vez mais ao longo dos anos. A Produção Audiovisual tem várias matérias semelhantes às dos cursos de Rádio, TV e Cinema. No meu caso, o curso dura dois anos, agora no primeiro período estou tendo aulas de História e Patrimônio Cultural, Sociedade e Cultura (que é uma matéria a longa distancia com encontros a cada 5 semanas se não me fala a memória), 9 aulas de Processo Criativo e 9 aulas de Criatividade e Inovação, Linguagem Audiovisual, Tecnologia Audiovisual e Redação Audiovisual.
E é nisso que eu me meti esse ano! Já estou com uma lista bem legal de livros para ler esse período, muitas das aulas quase nunca é parada na sala de aula. Estamos quase sempre no estúdio de gravações da Universidade. A coisa é bem pratica mesmo, para ninguém ficar entediado! Espero conseguir arranjar um tempo para passar um pouco dessa minha nova experiência para vocês, e espero também que gostem!Vou terminar o post agora com alguns fatos legais que fiquei sabendo em sala de aula essa semana. São informações meio bestinhas que não tem muita utilidade na vida comum mas sei lá as vezes é legal ter conhecimento geral das coisas, vai saber né.
1. A atriz Shelley Duvall teve que repetir a mesma tomada 120 vezes no filme O iluminado só para atender ao perfeccionismo de Kubrik.
2. Eleanor Coppola a pedido de seu marido Francis gravou de pertinho a luta dele para fazer Apocalypse Now sair do papel, e anos depois entregou a dois documentaristas que juntaram esse material, mais entrevistas das pessoas que fizeram parte da equipe do filme e a partir daí foi feito o filme Hearts of Darkness: A Filmaker’s Apocalypse. Vale lembrar que o filme não é dirigido pela Eleanor! Ela só entregou seu acervo de filmagens para os diretores Fax Bahr e George Hickenlooper.
3. O famoso bordão famoso no set de filmagens “luz, câmera e ação” é uma farsa. Isso mesmo que você leu! Não há um diretor que diga isso dentro de um set de filmagens! O correto seria: “som, câmera e ação”. E a explicação para tudo isso é que a iluminação obviamente é a primeira coisa que já está ali preparadinha bem antes das gravações começarem. O nosso querido som coitadinho, sempre considerado por ultimo, mas de extrema importância! Você deve estar se perguntando, se o som é tão importante como dizem, porque diabos ele foi esquecido desse jeito? Acontece que isso tudo foi uma jogada de “marketing” de seus irmãos mais velhos diretores de fotografia, que a uns tempos atrás era normalmente a pessoa encarregada pelos diretores de som.
4. Claquete é aquele “brinquedinho” de plástico cheio de marcações. E o que quase ninguém sabe, é que esse “brinquedinho” tem uma importância enorme e, em um set de verdade, é bom nem se aproximar dele. É melhor deixar que o segundo assistente de câmera cuide desse brinquedinho, troque os números em cada take, plano ou sequencia. A claquetada serve para marcar a sincronia entre áudio e vídeo. Sem o click da claquete, pode ter certeza que a dor se cabeça seria grande para achar a sincronia entre os diálogos, por exemplo.
5. Esta área é cheia das incertezas, então é sempre bom ter vários outros planos e cronogramas, caso o dia esteja chuvoso e etc.
6. “Quem tem uma, não tem nenhuma” É uma boa referencia as tomadas. É sempre bom gravar umas 4/5 vezes a mesma cena, é sempre bom ter a mesma atuação uma ou mais vezes só para prevenir na hora da edição. Só não vale exagerar e chegar a 100 tomadas por cena pelo amor seu dinheiro!
Acho que por hoje é só pessoal! Como diriam os Looney Tunes. Espero que tenham curtido o post de hoje. E que continuem acompanhando a minha saga D’:
